sábado, 21 de julho de 2007

Gata Cachorra

04/05/2007

Sofia, a gata de imensos olhos amarelos e juízo nenhum foi-se.

A natureza de gato foi mais forte que ela, e ela foi-se. Entrou no cio, enlouqueceu, e desapareceu na calada da noite com um gato cor de burro-quando-foge que apareceu por aqui. A gata cachorra foi-se. Esperamos pelo fim do período de oba-oba no qual ela se encontrava para ver se ela voltava para nós, mas qual o quê. Desaparecida não mais está, pois a vi num restaurante abandonado aqui pertinho de casa. Ao ver-nos, reconhecimento certo, fuga mais certa ainda! Não teve quem chegasse perto desta danada de gata fujona. chamei em vão. A moradora do restaurante nos informou que a gata apareceu mesmo no período em que sofia sumiu de nossa casa. Certeza ser ela.

E em homenagem à gata cachorra da Sofia, que agora e joana ninguém, Chico Buarque canta a história de uma gata!

Me alimentaram
Me acariciaram
Me aliciaram
Me acostumaram

O meu mundo era o apartamento
Detefon, almofada e trato
Todo dia filé-mignon
Ou mesmo um bom filé...de gato

Me diziam, todo momento
Fique em casa, não tome vento
Mas é duro ficar na sua
Quando à luz da lua
Tantos gatos pela rua
Toda a noite vão cantando assim

Nós, gatos, já nascemos pobres
Porém, já nascemos livres
Senhor, senhora ou senhorio
Felino, não reconhecerás

De manhã eu voltei pra casa
Fui barrada na portaria
Sem filé e sem almofada
Por causa da cantoria
Mas agora o meu dia-a-dia
É no meio da gataria
Pela rua virando lata
Eu sou mais eu, mais gata
Numa louca serenata
Que de noite sai cantando assim

Nós, gatos, já nascemos pobres
Porém, já nascemos livres
Senhor, senhora ou senhorio
Felino, não reconhecerás

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