Sento e olho
nada mais
como o corvo
no umbral da porta
olho a vida meio torta
e me pergunto onde foi parar
olho e sento
mais seca que Graciliano
a vida vai passando
sem que eu me toque de passar
esgar
se eu pudesse me enxergar
não seria como foi
não faria como fiz
não teria esses ais.
mas o corvo insiste em clamar
nunca mais.
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