Períodos densos, linhas e entrelinhas deliciosamente nebulosas, e não sabemos onde começa o pensamento dela e termina o nosso.
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"capricorniana...
O pequeno de shorts vermelhos me lembrava sobremaneira a moça, andava e produzia pequenos saltos, como se o fizesse inadvertidamente, para afirmar com o corpo que viver lhe bastava...Ele também trazia, um estranho sorriso, como um esgar, que contradizia sua condição de incipiente existência....não pela palidez que caracteriza a vida de todo e qualquer sujeito, mas pela liberdade desordenada que escapava dos seus gestos...ela exercia livremente a estranha mania de hiperbolizar seus desejos...e jogá-los na cara alheia, como pancada seca pela condição de mutismo, pelo medo do desconhecido que assola a todos...como se o medo fosse um sentimento estranho...mas para mim que tenho a alma atormentada, que teimo em condensar dores, enfatizando minha veia duplamente capricorniana, essa liberdade(que não era mera representação) me doía os ossos, rigidificava meus gestos, e transcendia os desejos, para além de mim...transmutando minha vida numa longa espera...pela escrita, pelo gosto inescapável de toda primeira vez, pela moça...por mim.."
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