Agosto acabou, agora então eu posso falar de agosto.
Não gosto de agosto, agosto é um mês desgostoso para mim. Senso comum diz, psique fica aberta, fatos acontecem, mas esse mês foi bem pesadinho pra mim.
Segunda-feira, dia 11, assisti a um suicídio, no prédio onde moro, o Campos do Cerrado. Uma menina, linda, estudava no contemporâneo e fazia o último ano do ensino médio, pulou do apartamento, do 11º andar. Não sei o que a fez pensar que existiam problemas tão grandes que não tivessem solução, mas com certeza tinham. Ouvi o grito e o baque surdo, de alguma coisa caindo no chão com força, olho pela janela e lá está ela, ainda viva, agonizando: Ligo para a samu e para a polícia, Cliff desce para tentar ajudar, mas nenhuma ajuda foi suficiente, a samu não conseguiu salvá-la, a polícia descobriu que foi suicídio, e ela se foi.
Terça-feira dia 19, eu ainda com a cena anterior na memória, fomos a um pequeno restaurante em ponta negra, e conversa vai, conversa vem, entram dois bandidos armados e nos assaltam, levando todos os documentos, cartões, talões de cheque, fotos, lembranças e bem-estar. Estou ainda hoje a tentar resolver minha vida entre cancelamentos e segundas vias...
É coisa demais para um mês só.
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