sábado, 21 de julho de 2007

Efêmero...

08/08/2006

Efêmera como a vida é o sentir-se feliz. Passageiro como o tempo, volátil como o éter, que o deixa inebriado por alguns momentos, mas que logo desvanece no ar, deixando a pedra dura como companhia.

Meus dias são cinzentos e minhas noites, negras. Sinto muita falta do colorido de minha vida, do vermelho dos meus cabelos, do chocolate dos meus olhos, da luz do meu coração, que dela resta um fio de vela, derretida e tentando se proteger da ventania que assola meu deserto interno.

Dia desses disse eu, com a imponência que me era peculiar, quando meu sol ardia dentro de mim, que se está é porque você quer. Posso reafirmar agora, tudo na sua vida, são os frutos de suas escolhas, não as direi certas nem erradas, mas suas (e somente suas) escolhas. E eu digo, não fui eu quem escolheu? Sim, decerto que sim. Se não tenho mais luz, se só enxergo o cinza e o negro, é porque eu permeei meus caminhos com estas cores, eu, que amante sou das cores, tenho uma vida cinza, negra, escura, fria.

E hoje faltam-me forças, sinto que faltam-me forças para tentar fazer alguma diferença na minha vida.

Mas menina (nossa, ainda me vejo como menina!!!) só você pode fazer alguma coisa pra mudar isso, diria eu pra mim mesma, se estivesse nos meus melhores dias, mas eu nada digo, só ouço meu coração sangrando, meu amor-próprio descer msn abaixo, minha vida correr pela internet sem nenuma fagulha de cuidado. Isto é público, outras pessoas podem ver, verão, sentirão, divertir-se-ão (e eu bem sei quem há de se divertir). Flores de maracujás, belas madeixas, palavras que ferem como se fossem punhais.

E nada mais.

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