Assim é minha vida, efêmera ao ponto de passar dias e dias sem compartilhar com ninguém, nem com este tão companheiro blog. Mais de um mês sem olhar para ele, sem postar nada, e com tanta coisa acontecendo, tanta coisa para acontecer, tanta coisa que eu gostaria de dizer, tantas outras que eu adoraria não ter dito.
Assim, não postando, fica o dito pelo nao dito e o feito pelo não feito, e vice versa. Meus desejos e necessidades (opa, necessidade, eu tenho alguma?) são assim também, efêmeros. Existem hoje, mas amanhã serão lembranças ou esquecimentos do passado, hoje tão presentes na minha memóra.
Mas postando posso dividir, posso marcar o tempo e o espaço com minhas impressões, que, se uma única pessoa chegar a ler, vira imortal, pois já não mais me pertence. Então escrevo, entre linhas tortas, segundas e terceiras intenções, entrelinhas dentro das entrelinhas, o que não me atrevo a dizer de voz ativa, falada, cantada, mas escrevo por imaginar que alguém pode entender.
E entendendo é meu cúmplice, meu parceiro, meu amigo, e não me atento ao sexo dessa pessoa, suas preferências de alcova ou sua auto-percepção. É meu amigo, um efêmero amigo, que leia, entenda, assuma um pedaço de mim por me conhecer mesmo sem querer, e assim, inteira e despedaçada em vários locais, continuo sendo eu, só que com um pedaço a mais: O seu.
Obrigada por existir, efêmero e desconhecido, amigo.
Um comentário:
Denise eu amei o seu blog, vc esta de parabens !!!!!
Nao fique tanto tempo sem escrever.......
Beijinhos,
Gil
Postar um comentário